ead- reflexão

A Educação a Distancia: um desafio para a atualidade.

 

Autor: Cleciane Maria de Sousa

Sebastião Leal- PI 25/04/2013

 

         A Educação a Distância é todo processo de ensino-aprendizagem em que não há a interação presencial com frequência entre a comunidade educacional (professores e alunos), podendo ocorrer por qualquer modalidade de comunicação mediata, de forma síncrona ou assíncrona.

         A Educação à distância (EAD) existe há pouco tempo, porém sempre houve um preconceito em relação à qualidade e eficácia destes cursos. Com o desenvolvimento e barateamento da tecnologia nos últimos anos, principalmente com a popularização da informática e da internet, os cursos à distância deram um salto de qualidade. Passaram a utilizar ferramentas que os deixaram mais eficazes e interessantes, tais como vídeo-aula, fóruns e comunidades virtuais na internet para tirar dúvidas, e até a possibilidade de assistir aulas ao vivo na internet. Lorenzo García Aretio (1 992: 108) professor da Universidade Nacional de Educação a Distância (UNED) espanhola, após estudos anteriores sobre o mesmo tema (1986: 41-46; 1990: 46-49) conclui com a seguinte definição:

"O ensino a distância é um sistema tecnológico de comunicação bidirecional, que pode ser de massa e que substitui a interação pessoal entre professor e aluno na sala de aula, como meio preferencial de ensino, pela ação sistemática e conjunta de diversos recursos didáticos e pelo apoio de uma organização e tutoria que propiciam a aprendizagem autônoma dos estudantes”

         Um bom curso a distancia  depende de programas bem definidos, material didático adequado, professores capacitados e comprometidos, alunos motivados e   meios apropriados para facilitar a interatividade, respeitando a realidade dos alunos a serem atendidos.A EAD  Não serve para alunos desmotivados ou que precisam de muita atenção de um professor. É ideal para quem tem motivação para aprender  e autonomia para realizar seu curso, ou está impossibilitado de freqüentar aulas presenciais em razão de outros impedimentos (trabalho, família, problemas de locomoção).

         As dificuldades de um ensino à distância são percebidas pela  falta de acesso que muitas vezes atrapalha a concretização das atividades e a não disponibilidade de uma rede de internet que garanta a frequência necessária para atender os alunos durante a realização das atividades on-line. Porém é importante ressaltar que a EAD, induz o aluno a ser autônomo e produzir seus próprios conceitos, pois dispõe de mecanismos que leva o aluno a auto reflexão e buscar estratégias para construir seus conhecimentos.                 

Virador de página: uma Tecnologia Assistiva

 

De acordo com Bersch (2006) assistive technology, é um termo presente na legislação norte-americana que regulamenta as pessoas com deficiência nos Estados Unidos, traduzido no Brasil como “Tecnologia Assistiva”. Ainda, segundo esta autora, a Tecnologia Assistiva é utilizada para identificar todo o arsenal de recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência. Tem sido utilizado para referir-se a todo o conjunto de produtos especiais e outros recursos que, de alguma maneira contribui para tornar viável uma vida independente para as pessoas com deficiência.

 

As pessoas com comprometimento funcional grave de membros superiores encontram limitações na realização de suas atividades cotidianas o que resulta na dependência de um cuidador. Os recursos de Tecnologia Assistiva têm sido cada vez mais utilizados para substituir ou apoiar uma função deficitária, permitir um desempenho autônomo e independente, aumentar a acessibilidade ambiental e melhorar a qualidade de vida e inclusão social de pessoas com deficiência.

O virador de página é um sistema, projetado pela terapeuta ocupacional Samira Mercaldi Rafani, é um recurso de Tecnologia Assistiva, que substitui a habilidade motora do usuário na realização da leitura.

 

O virador é um dispositivo elétrico que folheia as páginas de um material impresso após um comando feito pelo usuário em um acionador adequado às suas habilidades motoras, conta Samira. É possível que pessoas com pouquíssimo movimento de braços e mãos possam efetuar o acionamento.

 

Com o auxílio de um cuidador, inicialmente o material de leitura é ajustado na base no protótipo e preso nas laterais por presilhas fixadas nesta base.

Seleciona-se um acionador adequado às habilidades do usuário, como por exemplo, acionadores controlados por movimentos da cabeça, das mãos, dos pés ou de outra parte do corpo. Posiciona-se o acionador próximo ao usuário e o mesmo controla o momento em que se deseja folhear a página do material.

“Com o virador de páginas é possível folhear o material do sentido da direita para a esquerda e mantê-lo aberto no campo de visão do usuário, sem emitir ruídos que interfiram na leitura”, conta Samira. "O sistema pode ser controlado por meio de acionadores adequados às habilidades dos leitores com deficiência física com habilidades diferentes".

Portanto, esse recurso permite ao usuário o controle total e passo-a-passo no processo de folhear um livro. As características únicas deste aparelho permitem que se trabalhe com páginas amassadas, vincadas, grudentas ou mal anguladas. Mesmo que o usuário esteja sentado ou deitado, as páginas podem ser manipuladas com precisão, uma a uma ou sequencialmente caso for necessário uma procura dirigida. A única assistência necessária externa ao usuário é a colocação do documento a ser lido, posicionar o controle de acionamento e ocasionalmente limpar o mecanismo. Pode ser comandada por uma grande variedade de chaves e acionadores, além de unidades de controle remoto.

 

  Importância do Professor do AEE

 

 

 

 

 

Inicialmente é importante destacar que o papel do AEE é de oferecer o que não é próprio do currículo escolar, propondo objetivos, metas e procedimentos

  educacionais específicos e suas ações são definidas conforme o tipo de deficiência, numa perspectiva de complementar e/ou suplementar suas necessidades educacionais, isto é, não é Reforço Escolar.

 

Primeiro para atuar no AEE, o professor deve ter formação inicial que o habilite para o exercício da docência e formação específica para a Educação Especial.

O professor do AEE deve estabelecer articulação com professores da sala de aula comum, visando à disponibilidade dos serviços, dos recursos pedagógicos e de acessibilidade e das estratégias que promovem a participação dos alunos nas atividades escolares, ou seja, O atendimento educacional especializado é muito importante para os avanços na aprendizagem do aluno com deficiências na sala de ensino regular. Os professores da SRM devem atuar de forma colaborativa com o professor da classe comum para a definição de estratégias Pedagógicas que favoreçam o acesso ao aluno ao currículo e a sua interação no grupo, entre outras ações que promovam a educação inclusiva. Quanto mais o AEE acontecer nas escolas regulares nas que os alunos com deficiências estejam matriculados mais trará benefícios para esses, o que contribuirá para a inclusão, evitando atos discriminatórios.

O estudo de caso é um método de investigação qualitativa, sendo muito importante para o desenvolvimento do trabalho do professor do AEE, pois possibilita reconhecer as características pessoais e desenvolvimento do aluno construindo diferentes estratégias pedagógicas para sustentação da inclusão escolar.

 

A elaboração e a execução do plano do AEE são de competência dos professores que atuam na sala de recursos multifuncionais, em articulação com os demais professores do ensino regular, com a participação das famílias e em interface com os demais serviços setoriais da saúde, da assistência social, entre outros necessário ao atendimento. Esse  plano  resulta das escolhas do professor quanto aos recursos, equipamentos, apoios mais adequados para que possam eliminar as barreiras que impedem o aluno de ter acesso ao que lhe é ensinado na sua turma da escola comum, garantindo-lhe a participação no processo escolar e na vida social em geral, segundo suas capacidades, ele contribuirá bastante no processo de aprendizagem e desenvolvimento dos alunos atendidos na SRM, pois permite desenvolver ações específicas do AEE que facilitam o acesso do aluno com transtorno global de desenvolvimento-TGD e demais público-alvo ao conhecimento, a comunidade escolar e convivência social, promovendo sua autonomia e permanência na escola bem como o desenvolvimento do processo ensino aprendizagem. O planejamento é o fio condutor do processo ensino-aprendizagem. É nele que os objetivos são articulados às estratégias, ou seja, é por meio dele que as práticas educacionais tornam-se adequadas às reais necessidades dos alunos. Isso não significa dizer que o planejamento é algo estanque, fechado e completo, pelo contrário, conforme a exposição de Fusari (2004) "o importante é manter o planejamento como uma prática permanente de crítica e reflexão".  


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